quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Te amo do tamanho da girafa


Dia desses estava conversando com uma amiga pelo telefone, quando, de repente ela disse: “TE AMO DO TAMANHO DA GIRAFA”. Fiquei surpresa com a frase, mas não com o afeto que continha nela, pois ao longo dos anos de nossa amizade, sempre tivemos a cumplicidade de expressar nossos sentimentos uma à outra. Minha surpresa tinha relação com o QUE TAL FRASE REALMENTE SIGNIFICAVA “(....amor do tamanho de uma girafa? O que seria?).

Em seguida, minha amiga explicou que durante uma de suas aulas (ela é professora), foi exatamente esta frase que ouviu de uma de suas alunas (com idade entre 4 e 5 anos). Contou que durante uma de suas explicações, a garotinha olhou-a bem nos olhos e anunciou: “PRÔ, EU TE AMO DO TAMANHO DA GIRAFA!” e voltou aos seus afazeres, sem mais nada dizer. Sem que a professora pudesse aprofundar-se no tema.
Tal situação invadiu os meus pensamentos, passei dias refletindo: “o que realmente está contido nesta frase?”. Nós adultos temos a incrível necessidade de questionar tudo, de ampliar tudo, de querer entender tudo... Mas...QUANTO DE AMOR SIGNIFICA: TE AMO DO TAMANHO DA GIRAFA. Será que NÓS ...adultos...somos capazes de quantificar tal expressão? E se formos.... será que realmente somos capazes de entender seu real significado?

Sabemos que as crianças durante a primeira infância raciocinam através do PENSAMENTO CONCRETO e são incapazes de abstrair. É só com o seu desenvolvimento que sua forma de pensar também se transforma. Mas, se por um lado, quando criança ela não entende o abstrato, é com ela também que muitos de nós aprendemos nossas maiores e mais importantes lições, pois a criança é capaz de sentir e expressar-se sem culpa, vergonha e restrições; a criança é capaz de avaliar, comparar e EXPRESSAR seus pensamentos de uma forma invejavelmente libertadora.

Impossível é então, deixar de perguntar: “QUANTO É AMAR DO TAMANHO DA GIRAFA?” Amar muito? Amar de forma grandiosa? È amar o mais alto que a vista seja capaz de enxergar? Em quê pensava esta criança ao expressar-se assim? Nunca saberemos a verdade (se é que é realmente importante conhecê-la), só teremos a certeza de que a professora dela mereceu a confissão.

E nós? “ADULTOS?” O que amamos do tamanho da girafa?

Ou ainda: Quando nos perdemos desta pureza de sentimentos? Quando deixamos de nos expressar? Quando começamos a mentir? A omitir... Coisas, pensamentos e sentimentos? Quando iniciamos esta loucura que vemos hoje? Pais que matam e mutilam filhos; Filhos que são arremessados de janelas de casas ou de carros; netos que maltratam seus avós; filhos que – por ciúmes, doença ou ganância, cometem crimes bárbaros contra seus pais?

Quando deixamos de amar alguém “DO TAMANHO DA GIRAFA?” e passamos a amar outras coisas? O QUE NÓS AMAMOS DO TAMANHO DA GIRAFA? Poder? Prestígio? Dinheiro? “Status?”,PosiçãoSocial?

Quando deixamos de amar? Quando NOS DEIXAMOS? E nos trocamos. ...nos trocamos pelo quê?

Será que TROCAMOS O SER PELO TER? O “NÓS” PELO “EU”?

A sensação que possivelmente teremos – ao observarmos uma criança – é que a vida é bem mais simples do que “NÓS ADULTOS” planejamos e fazemos dela. A vida é COMO DECIDIMOS QUE ELA SEJA, em outras palavras, COMO ESCOLHEMOS VIVÊ-LA.

Esta criança sábia utilizou-se certamente do maior animal que conhecia, para falar do tamanho do seu amor pela professora. Não precisou de títulos para nos ensinar o óbvio: QUE O AMOR É PARA SER EXPRESSO, COMPARTILHADO, SENTIDO... CONFESSADO!

Esta criança foi SÁBIA porque não teve pudores, pois... AMA E DIZ...e certamente DISSE NO INSTANTE EM QUE SENTIU....pois não ESPEROU terminar o ano para dizê-lo, não ESPEROU terminar o dia para confessá-lo, não ESPEROU sentir-se AMADA para revelar.....apenas disse no instante em que sentiu! Por isso, sua sabedoria está além de títulos, “simplesmente” porque SOUBE MANIFESTAR O SEU AMOR A ALGUÉM... ”simplesmente” porque foi honesta com seus sentimentos, generosa com o próximo.

Os consultórios de psicologia estão repletos de pessoas cuja queixa faz relação ao AMOR e a carência em encontrá-lo. AMOR não somente na forma “homem x mulher” e suas variáveis, mas o AMOR entre pais e filhos, filhos e pais; amor entre os amigos; amor pelo que se Faz, Acredita, por uma Causa, uma Crença... um Valor! Ao invés disso, observamos a competição, a correria, a acomodação, o “deixar para amanhã”, o individualismo, a “falação desenfreada e desconexa”, a argumentação dos próprios valores sem que haja empatia pelo outro.

“AMAR DO TAMANHO DA GIRAFA”, deveria ser um PROJETO DE VIDA, uma FILOSOFIA... UM NOVO CONCEITO DE MILÊNIO, porém, ao invés disso, intelectualizamos, criamos teorias....quando talvez o mais sensato fosse apenas dizer: “EU TE AMO” - “VOCÊ É REALMENTE MUITO IMPORTANTE NA MINHA VIDA!”. Quem sabe deveríamos dizer mais vezes e a mais pessoas: EU TE AMO! AMAR, AMAR, AMAR E EXPRESSAR O AMOR, sem que necessariamente espere-se algo em troca!

John Lennon já dizia: “só precisamos de amor!”

A idéia aqui, não é “intelectualizar a atitude da criança”, mas simplesmente... IMITÁ-LA em nossas vidas e com àqueles que AMAMOS para que, dessa forma, cada um deles saiba da importância que possui em nossa existência, para que cada um deles saiba o verdadeiro lugar que ocupam em nossos corações.

Sábia criança... Sábias palavras! É a única conclusão que precisamos fazer.
E você?

Quer dizer “EU TE AMO DO TAMANHO DA GIRAFA para alguém hoje? EXPERIMENTE!

Quem sabe VOCÊ será o MAIOR BENEFICIADO COM TAL ATITUDE
Se você for capaz de compreender a grandeza dessa frase, será merecedor de ouvir: EU TE AMO DO TAMANHO DA GIRAFA

Paz ao seu coração!


QUESTÕES PARA REFLEXÃO:
1-O que a autora tinha em mente ao dividir esse texto com outras pessoas?
2-Você encontrou algo no texto que parece com sua forma de pensar ou refletiu somente agora sobre isso?
3Você mudaria alguma coisa em seus relacionamentos para obter mais qualidade de comunicação e bem estar na vida?

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

A FLOR E O ARROZ


Um sujeito estava colocando flores no túmulo de um parente, quando vê um chinês colocando um prato de arroz na lápide ao lado.

Ele se vira para o chinês e pergunta:
- Desculpe, mas o senhor acha mesmo que o defunto virá comer o arroz?
E o chinês responde:
- Sim, quando o seu vier cheirar as flores.

Moral da História:
"Respeitar as opções do outro, em qualquer aspecto, é uma das maiores virtudes que um ser humano pode ter. As pessoas são diferentes, agem diferente e pensam diferente. Portanto, nunca julgue. Apenas tente compreender."
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